quarta-feira, 30 de junho de 2010
Giz
Há tempos não te vejo,
mas sinto que por mim aguardas
que tua mão à lousa treme
se um fio de lembrança te transpassa a espinha,
e na nuvem de pó de giz
teus olhos se fecham
embaralhando tempo e espaço;
ardendo cabeça, seio e pernas;
tocando teu infinito de mulher.
Até uma voz de menino resgatar-te,
libertar-te da doce fantasia,
e, agarrada à realidade,
para casa vais,
pensando que nunca me verás novamente,
e, se assim o quiseres,
não se mexa!
Pois levas o corpo coberto
de pó de giz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Professora de sorte essa sua :)
ResponderExcluirTu estas pisando a linha giz, a linha giz em volta daquele corpo. Quantas gramas de branca depositada nos olhos. O sonho chega depois da vida. A linha giz a esfumar-se em nada, a principal causa de morte no mundo.
ResponderExcluirLobo